sábado, 27 de junho de 2015

Autovalor




As vezes nós devíamos nos libertar do pensamento de como nós devíamos ser, e aceitar a nossa forma natural de ser.
Uma vida de estarmos a nos preocupar o tempo todo o que é que as pessoas irão achar de nós é mentalmente e fisicamente esgotante. Porque muita gente tem a tendência de pensar que se agirem de uma forma diferente, se forem perfeitos em tudo que fizerem, vão poder minimizar a dor de rejeição e vergonha, e serem aceites por todos.

Como é que eu sei?

Porque eu também já fui assim.
Eu tive a tendência de agir de uma forma bastante “polida”, dizer coisas que eu nem sabia de onde saiam, guardar o que realmente queria dizer, agir de uma determinada maneira pensando que as pessoas vão gostar de mim, pensando que as pessoas iriam amar-me. Mas com o tempo, eu apercebi-me que de nada vale não sermos nos mesmos, de nada vale tentarmos ser perfeitos. Porque primeiro, nunca iremos atingir a perfeição e essa é a prova de que estamos todos no mesmo barco e segundo porque para termos valor na vida de alguém não deve ser o “que” devemos ser mas sim “quem” somos para eles.

O melhor presente que alguém devia nos dar, é a sua forma verdadeira. E isso é ser forte, ser forte é dizer o que pensamos, ser forte é nos aceitarmos. Ainda estou naquele processo de “mandar lixar”, é muito difícil baixarmos a guarda. Mas no momento que nós tentamos, descobrimos que teremos mais tempo para nos conectar com pessoas que realmente importam-se conosco.

Aprendi a ter mais autoconfiança. E ser autoconfiante é estar bem se as pessoas não gostarem de ti.


Não há nada mais raro do que encontrar alguém totalmente confortável com as suas imperfeições, e essa é a verdadeira essência de beleza. Amar alguém pela suas imperfeições é tão necessário quanto ama-las pela sua forca e beleza interior.

Sim, sou imperfeita e vulnerável e as vezes sou medrosa, mas isso não muda o facto de que sou corajosa e também digna de amor e espaço.