Em primeiro lugar, um facto inegável é que
nos unimos por sermos diferentes, tão fácil assim. Tudo parte pela diferença,
ele é o oposto dela e ela é o oposto dele, essa é a coisa primordial que nos
une. As pessoas invés de partirem para o companheirismo, partem a busca de um
clone. Não tem nada de excitante em estar com alguém que não irá
surpreender-nos em nada, estar com alguém que ao invés de ser de forma
preferível uma caixa tal e qual que o da pandora, mostra-se ser uma caixa com
espelhos.
As coisas não são feitas assim, as pessoas
têm de perceber que, por causa de uma determinada diferença constrói-se duas
vidas numa só, faz-se a união de pilares, por esta diferença desenvolve-se o
amor, a reciprocidade e respeito pelo que é, então não faz sentido nenhum
tentar moldar alguém igual a nós porque primeiro é impossível, segundo vai
contra qualquer lei da humanidade, não se pode obrigar alguém a ser o que não
é, não se pode moldar alguém a sua imagem. Já fez-se isso, e quem o fez é Deus,
olha no que deu.
Os parceiros devem amar e respeitar a
realidade, é normal ela dizer não e ele dizer sim, é normal ela gostar de
chocolate e ele gostar de baunilha, é normal ela gostar de uma determinada
posição sexual e ele gostar de outro. Mas, o que acontece hoje, é que as
pessoas gostam de ofuscar as opiniões dos outros, isso é de forma implícita
tentar transformar a outra pessoa naquilo que ele gostaria que fosse,
considerando constantemente errado as coisas do outro, os seus pensamentos, as
suas ideias tentando na maioria das vezes solucionar as coisas da sua maneira,
como só os seus pensamentos fossem os certos.
Devemos amar as pessoas respeitando as
diferenças, pois é por ela que nos unimos e além de uma linda união, este é um
dos caminhos para a satisfação humana, saber que somos amados apesar das
grandes diferenças que há.
Buscar um clone, é a natureza de muita gente,
infelizmente uma natureza completamente distorcida.