quarta-feira, 19 de abril de 2017

+17 [Doce inocência]

Doce inocência

Sexo de abalar a alma. 

Eu fui ingênua uma vez, eu quis ser adorada e cultuada. Mas descobri que nunca tive uma queda pelo doce foi uma simples ilusão, descobri que ser usada e fodida é muito melhor. A vergonha e medo de admitir os meus mais desejos sombrios, como dor e dominação, fez-me negar a vibração que sentia, a minha natureza, a crueza e a excitação e bloqueou-me os pensamentos, só de pensar em tudo que seria capaz de fazer se tivesse coragem... Mas eu não podia, eu não conseguia parar de estar fascinada com tudo. 

Depois de me teres dado a escolha de ir ou ficar contigo, eu estava longe de ser o que eu era minutos antes, eu tornei-me instável como uma onda, só estava a espera que tu moldasses. 
Antes os meus desejos não tinham relevância, preocupava-me com reputação. 

 - Diz-me o que tu queres, - sussurraste ao meu ouvido, os teus olhos brilhavam de uma maneira perigosa, tua verdadeira natureza estava escondida sob camadas que eu nunca espero descobrir. 

Nunca poderia entender, como a submissão tende a ser poderoso. Facilmente colocaste-me de joelhos, e fechei os meus lábios ao teu redor. Eu te quis, teu gosto mandava uma onda para o meu núcleo que deixava-me molhada. 
Puxaste-me para cima contra teu corpo duro, e ao trancar os nossos olhares eu percebi que havia muito mais do que prazer de momento. Havia desejo. Havia paz. 
Eu sentia a necessidade crescer, e só tu poderias apagar o fogo que crescia. 
Eu quis algo que não estava pronta para receber. 
 
- Você precisa de algo. - Não sei como tu soubeste, só soubeste. Deixei-lhe beijar-me. - Eu vou por as minhas mãos entre as tuas pernas, afundar meus dedos dentro de ti. E isso agora. Depois, tu irás abrir as pernas para mim e vais gemer ainda mais quando eu estiver dentro de ti. 

Eu não queria ouvir-te. Eu queria sentir-te, oh como eu queria. Eu não negaria qualquer coisa que você dissesse, porque pela primeira vez em minha vida, eu sentia algo real. 
Algo que me faria perder. 

quinta-feira, 13 de abril de 2017

+17 [Arruinando-me]

Arruinando-me

Recomendo: Coolin' - Mya

Verdade seja dita, eu devia odiar-te. 
Eu devia tentar me desvencilhar das tuas amarras. Mas cada pedaço teu me seduz, mesmo sabendo que és um homem frio e sem moral. 

Desde o momento que nos conectamos, tentei várias vezes me rebelar contra a tua invasão. Mas meu núcleo ansiava por ti. 
Tu és perfeito. 
Absolutamente perfeito. 

 

O mundo ficou para trás silenciando-se, enquanto tirávamos cada peça que nos cobria. Nossos lábios nunca deixaram-se, nossas línguas escorregavam e deslizavam. 
Nossos gemidos ocupavam todo cômodo, sons selvagens e descontrolados. Sentia mãos em minha pele, unhas cravadas em minha carne e as nossas almas entrelaçadas a tentar consumir a essência um do outro antes que fosse tarde demais. 

Eu sentia-me poderosa. 
Sentia-me selvagem. 
Sentia-me completamente entregue ao delírio da luxúria. 

Nossas cabeças juntaram-se enquanto você afundava mais fundo, sentindo-te dentro de mim, prazer escorria no único lugar onde estávamos unidos em um só. 
Tudo era tão carnal, tão lascivo, tão obsceno e completamente necessário. 
Minha mente tornou-se primitiva, eu quis estar no controle, eu quis reivindicar-te... A minha fome tornou-se insuportável. 
A maneira crua de ter sido exposta e idolatrada, empurrou-me a beira da insanidade. 
Não havia vergonha. 
Meu olhar fixou-se em ti. 
Tu me possuíste. 
Eu faria qualquer coisa por ti. 
Tu sabias disso. 

domingo, 9 de abril de 2017

[Eu, contra dogmas e adequações]

Eu, contra dogmas e adequações

Tenho uma fixação por tragédia. Bom, nesta ordem mesmo. Muitas vezes me pergunto: "em quê isso me torna? Numa má pessoa?" Eu não sei, só sei que me sinto assim. Sinto-me má rotulada o tempo todo, a necessidade de agir de acordo contra padrões satisfaz-me. O que tu tens de perceber é que do meu jeito mórbido e pouco convencional, nós somos quase iguais. A diferença é que eu não escondo a minha forma de ver as coisas, coisas que por mais que sejam absurdas tu identificas-te com elas. 
Mas a verdade seja dita, algumas tragédias, o caos, a tristeza fazem-me sentir... Em casa. 
Algumas outras coisas sensibilizam-me é claro, pequenas coisas sensibilizam-me de forma a agir de acordo ao que o mundo poderia achar certo, algumas vezes conseguia passar uma imagem completamente diferente. Mas sejamos sinceros, nada disso é para mim ou por mim, eu só não gosto de perguntas ou olhares peculiares. De peculiaridade já basta a minha natureza. 
 
O caos é completamente diferente de tudo aquilo que as pessoas lutam para alcançar, mas se pelo menos, aceitassem que algumas coisas foram feitas para serem desgraçadas... Tudo entre tu e eu teria sido mais fácil. Não tenho o hábito de negar aquilo que sinto, mentir é diferente de iludir então não faz parte da minha natureza mentir, eu não vou começar a negar o que sinto ou negar a minha natureza pelo simples facto de parecer errado aos olhos de outros. 
Aprendi a não importar-me tanto, pois, ninguém vive por mim. 
Não vivemos à vida pelo que pareça certo ou errado, mas pelo que pareça mais adequado. Não sabes o quão feliz sou, por ser uma inadequada e não fazer parte. 

Ninguém é mau ao todo. Somos só medrosos, fomos educados de uma maneira idêntica e simplória, fomos educados a ser camaleões, mas eu recuso-me a ser uma. 

Imagina que de facto, tudo que foi etiquetado durante todos estes anos, não passa de uma desnivelada mentira? Imagina que a única forma de ter uma vida plena... É aceitar a nossa primitiva natureza, aceitar que de facto fomos criados para viver uma vida satisfatória e pecaminosa como foi estipulado, imagina que tudo que devemos fazer é aceitar... O quê que isso nos torna? 

segunda-feira, 3 de abril de 2017

+17 [Encontros bonitos e imorais]


 

Encontros bonitos e imorais
Recomendo: Kingdom Come - Demi Lovato


Pega o meu corpo, faça a tua magia. Faça-me tua. 
Agarre o meu cabelo, ordena-me para que não goze mais cedo, neste pequeno cômodo de quatro paredes somos amantes perdidos num mundo caótico lá fora. Deixei-me entrar na onda, deixei-me molhar de prazer, afinal o meu nirvana está longe de ser alçando, o meu espírito continua a impulsionar-me para o pecado. 
As vezes odeio este sentimento, as vezes odeio a vontade de enroscar a minha mão por baixo das minhas saias, a tua escuridão excitou-me de tal maneira que as nossas noites loucas não são suficientes. 

Olho para ti, enrolo os meus pés ao teu redor suspiro de tanto prazer quando noto o teu olhar a despir-me. 
Nunca fui de ser exactamente o que desejo ser, mas contigo é diferente, mesmo sem palavras óbvias tu consegues ler a minha alma... Desnudas-me. Os teus beijos corrompem-me, fazem-me precisar de ti. Eu preciso que me faças tua todas as noites, não importa como, preciso que me faças pertencer à ti. 


Agarras o meu cabelo, a tua mão vai para o meu pescoço e ordenas-me para que gema mais baixo. Mas como? Se eu consigo sentir as células ansiosas e excitadas, sempre prontas para juntarem-se com as tuas, se o meu peito tem a necessidade de soltar um grito não de felicidade mas de prazer... A penetração foi lenta, e eu tinha certeza que foi uma provocação. É estranho, eu me senti completamente dominada pela tua presença impotente contra o meu corpo, eu nunca tive certeza de que alguma coisa iria acordar a insanidade que toma conta de mim. 
Esse prazer todo, não tem limite. Eu, tu... Não temos limites. O que sou, não está definido ainda. Quem define o que devo ser? Quem define o limite da minha insanidade?