terça-feira, 10 de janeiro de 2017

[Seis pés abaixo]

Seis pés abaixo
By: K.


Recomendo: Alive - Sia, This is acting.

Vou começar assim: "A morte é exclusiva." 
Tal como a paixão.
Uma vez que nos apaixonamos por alguém não tem como voltar atrás. 
É completamente irreversível como o sexo, tentativas de suicídio e uma ida e volta ao inferno. 

Morte, amor... Sofrimento. 
Tudo exclusivo. 

O dom do sofrimento é devastador e caótico, talvez tenha sido isso que fez-te perfeito para mim.
Tu me magoaste, a tua falta de amor tornou-se agonizante e só daí eu soube que realmente te amei, soube que realmente vivi. 

 

Eu sobrevivi a tudo, à tua indiferença e senti a devastação que criaste dentro de mim. 
Eu senti,
sobrevivi.
Mas não acho que seja capaz de sobreviver a isso outra vez.
A pior parte foi fingir indiferença, a pior parte foi ter que pretender que as tuas palavras (ou a falta delas) não tinham efeito algum sobre mim. 
A pior parte foi não poder dizer-te que chorava por ti, noites a fio. 
Eu enlouqueci com o sofrimento, quase perdi a cabeça. 
Perdi uma parte da minha cabeça, da mesma maneira que perdi uma parte de mim quando disseste que... (suspiro), quando disseste que não me amavas. 
Igualando a nunca me amaste.
Eu senti uma rachadura dentro do meu peito e eu soube que tinha de deixar-te ir antes de me descontrolar, eu estava a cair aos pedaços e senti-me incapaz de escapar dos sentimentos fortes de dor. 

Eu fiquei doente. 
Deitava na cama durante muitos dias para não ter que encarar pessoas, sentia-me insuficiente.
Os demônios sussurravam e disseram que eu tinha um câncer formado, eles disseram-me quanto tempo eu tinha, todos os riscos... Eles disseram que o meu câncer era do "coração partido por teres sido estúpida."

Como? Expectativas!
As expectativas sempre nos fodem no final. 

Quando não se ama, ninguém sai ferido,
Regra simples: não amar.
É fácil ir embora, fácil deixar ir e fácil perder.
As regras de ouro: não deves beijar, não deves dar esperança, e não deves Foder. 
Mas eu te cacei, 
eu te quis e 
não foi o contrário, então a culpa é toda minha. 

Este câncer não era para mim, eu tinha de sobreviver a isso.
Eu tenho de sobreviver a isso,
A única coisa que eu sei, é que não sei se irei sobreviver,
Eu não sei como.

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