Eu e o meu amor sofista
"Por favor, olhe para mim.
Por favor me ame.
Se tu simplesmente me quisesses, se tu de verdade me amasses... Eu poderia destruir-te."
Não posso dizer que foi amor a primeira vista, foi mais uma questão de conhecimento.
Na primeira noite houve trocas de palavras e na segunda noite pude ouvir com clareza a tua voz.
És forte, tens vida, és perfeito.
Não quis que ouvisses a minha, não quis que formasses uma ideia sobre mim ainda... Uma garota tem de ter segredos, certo?
Foste o primeiro que enxergou de verdade quem eu era, o primeiro que motivou-me, o primeiro que eu deixei a clara imagem de que poderia fazer-me mudar.
Tu me encantaste.
Teu sorriso e a tua inteligencia deixaram-me desnorteada.
Eu nunca esperei que acontecesse nada entre nós dois, mas algumas coisas são inevitáveis.
Eu só desejei que não fossem.
Meu coração agitava sempre que recebia uma mensagem tua, um áudio estúpido ou uma imagem engraçada.
Eu estava cheia de esperanças de que desta vez, pelo menos desta vez as coisas podiam ser diferentes.
Na verdafde, pensando agora... Poderia ter sido.
Até que, eu cometi o estúpido erro de deixar-te tocar-me...
Tu me querias,
Eu senti.
E acabou.
Pelo menos para ti.
O encanto foi-se, o brilho da tua aura começou a parecer-me comum.
Tu me tocaste, eu queria.
Por isso deixei-te me tocar.
Foi melhor do que as imagens que eu projetava em minha mente, foi melhor que todas anotações que eu estupidamente fazia em papéis.
Tu me tocaste, e cada toque contra a minha pele foram como balas no coração.
São danos completamente irreversíveis, tu morrias a cada estocada e eu sentia-me viva à cada gemido.
Sentia-me extasiada, com o orgasmo por perto e eu entrei em pânico. Pressionei o meu corpo ao teu, tentei entrar no ritmo.
Tu me tocaste e como um íman eu retribui o toque, eu tinha de fazer-te acreditar que o sentimento era recíproco. Ou talvez eles teriam sido, mas em outra vida se eu não tivesse sido amaldiçoada.
Apertei a minha vagina contra o teu pênis, para apressar tudo. Eu não aguentava mais, eu precisava retirar de ti a força vital, beijei-te e senti a vibração como da primeira vez.
Até que tudo terminou...
Olhei cansada para o teu corpo inerte e sem vida, enquanto eu sentia-me viva.
Deixei-te aí, sem culpa nenhuma. Já não servias para mim, não tinhas mais vida para oferecer.
E eu não sentia mais nada.
E eu faria tudo outra vez sem remorsos, porque tudo baseia-se em meras ilusões para que eu continue viva até encontrar o meu próximo amor.
Não entendes?
Foi tudo por amor...
Amor à mim.
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