sábado, 24 de junho de 2017
[A garota que ansiava por luz]
domingo, 18 de junho de 2017
[Sementes de inquisições]
quinta-feira, 8 de junho de 2017
[Não quero desertar, só liberdade]
Não quero desertar, só liberdade
Silêncio repleto.
Profundo, cheio de significados.
O silêncio dos beijos. O silêncio dos olhares. O silêncio dos sonhos, contos e tesouros jamais encontrados.
O silêncio dos amantes, e de amores.
Aquela vez, aquele silêncio, que gostaria que não terminasse nunca. Gostaria que fosse o início de tudo outra vez, descobrir a vulnerabilidade e a fragilidade...
Aquela vez que não vai voltar mais, a vez que tentou agarrar-se a mim, mas não sei como, escorregou e foi-se.
Aquela vez que estava tão decidida em amar-te simplesmente e me aposentar, mas eu descobri o seguinte:
Não há primeiro amor para ninguém, pois, sempre que amamos é uma primeira vez.
Te amei uma vez, mas eu tenho de ir, tenho de correr. O coração é um animal, o meu coração é um animal selvagem com garras tão fortes e tão rápidas, garras invisíveis que nem dá-se por conta quando começa a perfurar. E eu não te quero perfurar, não quero ser a culpada de qualquer desastre que vejo mais a frente. Está simplesmente na hora de nos libertarmos, fora da cama, fora de sexos e beijos...
- Tu estás errada, somos boas juntas. Somos felizes juntas.
- Não, tu é que estás errada. Não podes tentar manter-me por cá, mas eu te entendo. Tentas prender meu coração com palavras e memórias. Mas é inútil Vanda, é inútil digo-te já!
Ela aperta meu corpo contra o seu, um aperto forte para manter-me com ela... Isso não é mais amor, antes achei que assim fosse.
Amor... Eu não quero um espaço muito grande para um amor pequeno demais. E ultimamente sinto-me sufocar, sinto meu corpo a forçar encolhimento.
Não te sinto mais!
Uma vez li um livro de Federico Mocia em que ele disse:"(..) é perceber que talvez amar seja outra coisa. É sentir-se leve e livre. É saber que o coração dos outros não lhe é devido, não lhe pertence, não lhe cabe por contrato. A cada dia você deve merecê-lo. E dizê-lo. E dizer a ele. E compreender pelas respostas que talvez seja necessário mudar."
E a verdade é que são necessárias tantas coisas...
É necessário mudar, mudar tudo.
Mudar de ares.
Desaparecer, ir embora.
Amor é isso, a necessidade de ir embora para reencontrar o caminho. Amor é a necessidade de desprender, largar e percorrer caminhos novos.
Não faça isso comigo, não faça isso contigo.
- Deixa-nos ir.
quinta-feira, 1 de junho de 2017
+18 [Arruinando-me II]
+18 Arruinando-me II
- Eu sei o que tu gostas. Não há segredos comigo.
Apesar das suas palavras soarem tão aterrorizantes, ao mesmo tempo eram bastante seguras. Ele sabe tudo sobre mim. Ele sabe o meu segredo sujo, ele tem em sua posse o meu segredo mais sujo.
Ele.
Ele é o meu doce segredo sujo.
Ele desliza alguns dedos dentro de mim, e amaldiçoo-me por estar tão molhada por um bastardo. Ele começa a mover os seus dedos e uma onda de prazer invade as minhas entranhas. Não posso fazer nada, então apoio as minhas costas na parede enquanto ele esfrega o meu ponto G.
Eu gemo, e com cada coisa que sinto, fico indignada.
Indignada comigo.
Com o meu corpo.
Levanto os meus pés em cima de uma pedra ao lado, de modo que esteja totalmente aberta e o meu corpo está completamente á merce dele.
E eu quero sentir ele dentro de mim.
Eu quero que o meu mundo exploda novamente.
E eu sei o que ele quer. Ele quer que eu implore, ele quer que eu grite para que ele me foda duro.
Com aquele olhar de predador, raiva com uma mistura de fome. E sou levada á um nível mais alto.
Sinto tudo.
Cada palavra suja proferida causou-me desejo cada bofetada dolorosa desencadeou uma parte desconhecida de mim. E agora, consigo sentir cada pedaço de raiva que este homem possui, e a única saída é através do limitante prazer.
Tento tocar-lhe, trazer-lhe mais perto de mim, mas ele golpeia-me na cara, puxa-me pelo cabelo, cola as nossas caras enquanto ele continua a massagear os seus dedos dentro de mim.
Aquele hálito quente bate na minha cara, eu gemo mais e mais.
Eu não quero a porra de um par de dedos!
- Queres que eu deslize dentro de ti agora? - Super poder? Leitor de mentes.
Ele finalmente tira os dedos, me pressiona contra o chão frio e sujo, morde meus seios, puxando os meus mamilos enquanto rosna para mim.
E daí... Ele me preenche de uma maneira que só ele pode. Parece-me até que vai rasgar-me ao meio, mas aquela pontilha de dor só contribui para as grandes sensações.
É como uma sincronia bem orquestrada, cada parte de mim começava a estourar, faz tudo explorar e eu perco o controle.
Perco a porra do controle!
Tento chegar a ele, tento transferir a quentura que explode para fora de mim, mas ele aperta os meus braços.
Aquele domínio todo faz com que as minhas tentativas de luta, tornam-se inúteis.
E de novo, atinjo uma intensidade de prazer, que não é possível sem uma sintonia.
Eu atinjo aquele limite, sinto meu corpo fraquejar.
E ele olha para mim... Realmente para mim.
Ele não é do tipo que promete amor, não, não é. Ele é do tipo que promete um monte de orgasmos...
Já não dúvidas, eu tenho certeza absoluta que não foi na primeira vez, mas esta... Que ele arruinou-me.