quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

[Queres a verdade, ou paixão?]

Queres a verdade, ou paixão?


Ele  disse  que  gostaria  de  cuidar de mim.
E  eu  respondi:  “Tu  não  irás  aguentar  o  estilo  de  vida  que preciso  e  mereço.  Eu  vou  trabalhar  muito  para  isso,  e  eu  não  terei tempo  para  ti.”
Ele  me  diz:  “Queres  dizer  que  vais  ficar  a  vida  sozinha,  ou que  não  sou  suficientemente  homem  para  cuidar  de  ti.”
Eu  disse:  “As  duas  coisas.”
E  isso  foi  o  suficiente.  
O  suficiente  para  ele  esquecer  que  durante  um  bom  tempo,  ele tentou  amar-me  e  eu  deixei-lhe  tentar. E  durante, tantas  tentativas a  minha  guarda  começou  a  baixar.
Mas  bastou  dizer  a  verdade,  que  ele  esqueceu-se.

- Tu  és  arrogante.  Passar  bem.  –  E  foi-se.
E não  me  deu  tempo  para  explicar,  para  explicar  de  verdade  o que  quis  dizer. Eu  não  espero  que  homem  algum  cuide  de  mim,  e  diferente do  que  muitos,  incluindo  ele,  possam  achar,  o  maior  cuidado  não tem  a  ver com  bens  materiais.  É  muito  mais  profundo  que  isso. 

Tem  a ver  com  a  entrega  de  almas,  conexões  e  cuidados  de sanidade.  Eu  não  sou  sã  o  suficiente  para  ninguém  além  de  mim.
Nenhum  homem  tem  a  capacidade  de  cuidar  de  mim,  e  se  dizer isso  faz  de  mim  arrogante... Que  seja!

Os  cuidados  que  preciso,  ultrapassam  qualquer  presente, qualquer  quantia  de  dinheiro.
Eu  sou  a  única  capaz  de  proporcionar  os  meus  cuidados.
A  única  pessoa  que  salvou-me  fui  eu. Sempre  que  estou  triste, quem  me  salva?  Eu!
Todas  as  vezes  que  decidi  morrer,  quem  trouxe-me  de  volta  para  a vida? Eu!
Salvei-me  tantas  vezes,  que  sempre  vou  continuar  a  salvar-me porque  é  um  ciclo  continuo.
Porque  no  final  do  dia,  será  sempre  eu  por  mim  e  para  mim.

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